quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Alguém.

Alguém
que escute.
Alguém
que me ajude.
Alguém
que se importe.
Alguém
que me conforte.
Alguém.
Humano.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Fico inerte por um bom tempo, apenas observando cada movimento seu. Procuro não te atrapalhar, mas é impossível não pesar meus olhos sobre você. E o engraçado é que você nem percebe.
Namoramos há alguns anos e muitos acontecimentos por nós foram vivenciados. Claro que nem todos foram armazenados como ótimas lembranças, mas fazem parte da nossa história. Momentos felizes sempre são maravilhosos, mas é a cada perdão concedido, crise superada e lágrima enxugada que confirmo e reafirmo a intensidade do nosso amor e da nossa amizade.
Sei que personagens vivem em seus contos de fadas e que pessoas vivem suas realidades. Sei que o "viveram felizes para sempre" é um tanto quanto complicado de se acontecer em um relacionamento entre pessoas imperfeitas. E falando em imperfeição: há muitos pontos em você que me tiram do sério, mas que tenho aprendido a conviver, por se tratar de ser você. Sem sombras de dúvidas, tenho defeitos e faço ou falo coisas que te desagradam, mas entenda que algumas coisas podem ser mudadas, não todas. Não quero um relacionamento perfeito. Na verdade, nunca almejei isso em nosso namoro. Quero que continue imperfeito, mas em uma perfeita pluralidade singular 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dias se passavam e eu ali naquela cama de hospital. Enfermeiras entravam e "pegavam" a minha veia. Tosses e gemidos sinalizavam as dores dos outros pacientes. Frio do ar condicionado. E uma dor que parecia não querer ir embora. Uma dor torturante que me deixava agoniada, que fazia com que eu me encolhesse e chorasse baixinho enquanto orava para que Deus me ajudasse, para que o sangramento cessasse, para que as dores me abandonassem, para que eu pudesse ficar curada e assim poder ir embora daquele lugar. Engraçado como o ser humano se apega mais a Deus em momentos difíceis, onde ninguém mais pode te ajudar.
Dores. Agulhadas. Prendedor de dedão. Pedestal de soro. Suco. Sopa. Mingau. Medo. Dores.
Todos os dias e em todos os turnos, uma enfermeira vinha coletar o meu sangue. Os meus braços e mãos estavam roxos e cheios de furos, de forma que não podiam mais ser torturados. Lembro que até tentei brincar, em meio as dores e fraqueza, que era para ela tentar coletar sangue do meu pé.
Uma pessoa saudável tem entre 150 e 450 mil plaquetas. Eu, sofrendo com a dengue hemorrágica, estava com 45 mil... e descendo.

Essa experiência me deixou tão traumatizada que se eu pudesse, ficaria uns cinco anos sem comparecer ao hospital para fazer - nem mesmo - exames de rotina.






sábado, 31 de julho de 2010

Parece um seriado. Dia após dia. Palavras em forma de faca afiada a me penetrar. Palavras que fazem com que meu corpo se enrosque numa bola, feito uma página cheia de erros. Feito lixo.
O engraçado é que eu sei que nada do que você me fala é verdade. Suas palavras não deveriam manchar meu rosto. Suas palavras não deveriam me chicotear. Eu não deveria dar ouvidos ao que você diz, ao que você acha ou deixa de achar sobre mim. Mas o fato de você ser o meu primeiro amor, faz com que eu me machuque, chore e sofra com cada palavra inventada que sai da sua boca. 
É triste não poder te dizer "eu te amo". Não mais.
E é mais triste ainda não ter escutado essas palavras tão fortes e tão doces serem ditas por você, desde que eu comecei a entender o significado das palavras.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mirror.

Sempre que me olho no espelho, vejo uma garota. E me pergunto quem ela é.
Olho para ela e vejo um vazio em seu olhar. Ela parece esconder algo, parece sofrer internamente, parece sentir tristeza...
Tento entendê-la, compreendê-la, ajudá-la. Mas ela é complexa, difícil de se entender. Ela se mostra séria, calada, forte, esconde seus sentimentos e constrói uma muralha ao seu redor.
Eu queria ajudá-la, curar suas feridas e mostrar que é preciso pôr molas em sua vida. Mas quando ela me olha, vejo que tudo é bem difícil. Quando ela me olha, sou obrigada a cair na real e admitir que a garota do meu espelho, sou eu, ou pelo menos o que me tornei.